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Renda Fixa

Copom anuncia nova alta dos juros para conter a inflação

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Copom anuncia nova alta dos juros para conter a inflação

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (29) para definir um novo reajuste na taxa básica de juros, a Selic.

Pressionado pelo aumento do dólar e pelo crescimento dos preços dos alimentos, o comitê realiza sua primeira reunião sob a liderança do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.

Essa será a quarta alta consecutiva da Selic. De acordo com o Boletim Focus, uma pesquisa semanal feita com analistas do mercado financeiro, a expectativa, portanto, é que a taxa suba em 1 ponto percentual, passando de 12,25% para 13,25% ao ano.

Copom anuncia nova alta dos juros para conter a inflação

Copom anuncia nova alta dos juros para conter a inflação

Contexto da decisão do Copom

Na reunião anterior, em dezembro, o Copom sinalizou que promoveria duas elevações consecutivas de 1 ponto percentual, tanto em janeiro quanto em março.

Justificou esse posicionamento pelo aumento das incertezas externas e pelos impactos do pacote fiscal do governo, anunciado no final do ano passado. Dessa forma, o mercado financeiro já aguardava amplamente a decisão desta quarta-feira.

A Selic, que atingiu 10,5% ao ano entre junho e agosto de 2024, começou a subir em setembro.

Desde então, o comitê implementou aumentos graduais: primeiro de 0,25 ponto percentual, depois de 0,5 e, posteriormente, de 1 ponto percentual. Esse ciclo de alta reflete a necessidade de conter a inflação e estabilizar a economia.

VEJA MAIS: CONFIRA RISCOS E VOLATILIDADE NA CRIPTOMOEDAS “MOEDA DE TRUMP” 

Impacto na inflação

Na ata da última reunião, o Copom alertou que a política monetária precisa continuar restritiva para controlar a inflação.

O Banco Central enfatizou que a alta do dólar e o avanço nos preços exigem uma postura mais contracionista, mantendo os juros elevados por mais tempo.

Ainda segundo o Boletim Focus, a projeção para a inflação de 2025 aumentou de 4,96% para 5,5% nas últimas quatro semanas.

Esse percentual ultrapassa o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, podendo chegar a um máximo de 4,5% dentro do intervalo de tolerância.

Entendendo a taxa Selic

A taxa básica de juros, a Selic, é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Ela serve de referência para as taxas de juros praticadas no mercado, impactando diretamente os empréstimos, financiamentos e investimentos.

Quando o Copom opta por aumentar a Selic, a intenção é reduzir o consumo e conter o avanço dos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança.

Entretanto, essa política pode desacelerar o crescimento econômico, tornando o acesso ao crédito mais difícil.

Por outro lado, quando a Selic cai, os juros tendem a diminuir, tornando o crédito mais acessível. Isso estimula a economia, mas pode gerar pressão inflacionária se a demanda crescer excessivamente.

O Copom se reúne a cada 45 dias para avaliar o cenário econômico e definir a taxa Selic. No primeiro dia da reunião, especialistas do BC apresentam relatórios técnicos sobre as condições econômicas no Brasil e no exterior. No segundo dia, os membros do comitê tomam a decisão e divulgam a nova taxa.

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Novo sistema de meta de inflação

Desde janeiro de 2025, o Brasil passou a adotar o sistema de meta contínua para a inflação, substituindo, assim, a metodologia anterior baseada no fechamento anual. Dessa forma, o CMN agora estabelece a meta em 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

Enquanto o modelo antigo considerava apenas o acumulado de janeiro a dezembro, o novo sistema, por outro lado, acompanha a inflação de forma móvel, sempre analisando os últimos 12 meses.

Por exemplo, em janeiro de 2025, a inflação começou a ser medida desde fevereiro de 2024. Em seguida, em fevereiro de 2025, a base de cálculo mudou para março de 2024 em diante, e esse processo continua sucessivamente.

Além disso, no último Relatório de Inflação, divulgado em dezembro de 2024, o Banco Central manteve a previsão de que o índice oficial de preços (IPCA) fechará 2025 em 4,5%.

No entanto, ao longo do ano, essa estimativa pode mudar, dependendo, sobretudo, das variações do câmbio e do comportamento da inflação.

Por fim, o próximo Relatório de Inflação sai no fim de março, trazendo novas projeções para a economia e atualizações sobre a eficácia da política monetária do Banco Central.

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Renda Fixa

Receita Federal: Contas no Exterior no IR 2025

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PROPOSTA

Brasília, DF – A Receita Federal do Brasil, em uma medida que visa simplificar e modernizar o processo de declaração, anunciou uma importante atualização para a Declaração do Imposto de Renda 2025: a inclusão automática de informações sobre contas bancárias no exterior na modalidade pré-preenchida. De fato, a novidade foi apresentada em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (12), em Brasília, marcando o início da temporada do IR 2025. Assim, a Receita Federal busca tornar o processo mais ágil e preciso para os contribuintes.

Facilidade e Precisão: Informações de Contas no Exterior na Pré-Preenchida, Um Avanço Significativo

Primeiramente, a partir de agora, a Receita Federal preencherá automaticamente dados de contas bancárias no exterior dos contribuintes na declaração pré-preenchida. Ademais, essa medida visa facilitar o processo de declaração e garantir maior precisão nas informações prestadas. “Só os valores não serão preenchidos. Isso é o contribuinte que tem que declarar”, esclareceu José Carlos da Fonseca, auditor-fiscal responsável pelo programa do Imposto de Renda 2025. Em outras palavras, a Receita Federal assume a responsabilidade de fornecer as informações básicas, enquanto o contribuinte se concentra em preencher os valores corretos.

Ampliação da Pré-Preenchida: Mais Informações, Menos Complicações, Uma Evolução Constante

Além disso, a Receita Federal expandiu o leque de informações pré-preenchidas, abrangendo:

  • Dados da declaração anterior: identificação, endereço, etc.
  • Rendimentos e pagamentos de diversas fontes: DIRF, DIMOB, DMED e Carnê-Leão Web.
  • Rendimentos isentos: moléstia grave, juros (inclusive RRA).
  • Restituições recebidas no ano-calendário (2024).
  • Contribuições de previdência privada.
  • Atualização de saldos bancários e de poupança.
  • Atualização de saldos de fundos de investimento.
  • Imóveis adquiridos em 2024.
  • Doações efetuadas em 2024.
  • Informações sobre criptoativos.
  • Contas bancárias/poupança e fundos de investimento ainda não declarados.

Dessa forma, o contribuinte terá acesso a um conjunto completo de informações, facilitando o preenchimento da declaração e reduzindo o risco de erros.

Disponibilidade das Informações: Cronograma Definido, Para Melhor Organização

Contudo, a Receita Federal estabeleceu um cronograma para a disponibilização das informações pré-preenchidas. “Sobre as quatro primeiras linhas de informações, é quase certo que teremos isso antecipadamente, a partir de 17 de março. Mas a totalidade das informações só subirá em 1º de abril”, informou Fonseca. Portanto, é importante que os contribuintes estejam atentos às datas para se organizarem e preencherem a declaração dentro do prazo.

Conclusão

Em suma, a Receita Federal, com a implementação da pré-preenchida com os dados de contas bancarias no exterior, busca simplificar o processo de declaração do imposto de renda, e evitar erros, e inconsistências nos dados declarados. Consequentemente, ao expandir o escopo de informações pré-preenchidas, o órgão demonstra seu compromisso com a modernização e a eficiência, proporcionando maior comodidade e segurança aos contribuintes. Por fim, essa medida representa um avanço significativo na relação entre a Receita Federal e os contribuintes, tornando o processo de declaração mais transparente e acessível.

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Escândalo $LIBRA: Impactos no Mercado e Crise para Milei

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Crise e Escândalo com Criptomoeda $LIBRA Afeta Mercado Financeiro da Argentina

Nesta segunda-feira (17), um escândalo político envolvendo a criptomoeda $LIBRA causou grande turbulência no mercado financeiro da Argentina. A crise surgiu após declarações do presidente argentino, Javier Milei, que promoveu a moeda digital, mas logo depois houve uma forte desvalorização. Com isso, o principal índice de ações da bolsa de Buenos Aires, o S&P Merval, caiu quase 6%, encerrando o dia com uma queda de 5,58%.

Reações no Mercado e Desvalorização da Criptomoeda

O impacto foi imediato, especialmente devido à ausência de referências externas, já que o feriado nos Estados Unidos, em razão do Dia do Presidente, deixou o mercado vulnerável apenas a fatores internos.A queda acentuada no índice S&P Merval foi uma reação direta à recomendação do presidente Milei sobre o $LIBRA, que logo após sofreu uma queda drástica.

  1. $LIBRA desvalorizado: O token que antes era promovido como uma grande oportunidade de investimento caiu de US$ 5,20 para US$ 0,13.
  2. Retirada da recomendação: Após o colapso da moeda, Milei excluiu sua publicação na rede social X, onde havia recomendado a compra do $LIBRA, e se desassociou do projeto.
  3. Repercussão negativa: Mesmo com a remoção da recomendação, o impacto nos investidores foi profundo, e o valor do token despencou, prejudicando muitos que haviam investido durante o período da promoção.

Possível Julgamento de Impeachment e Efeitos nas Ações

Além da desvalorização da criptomoeda, o escândalo provocou reações intensas no Congresso argentino. Parlamentares da oposição sugeriram que a promoção do token por Milei poderia resultar em um julgamento de impeachment, pois o token foi posteriormente classificado como uma fraude.

Ações impactadas:

    • Transportadora de Gas del Sur: Queda de cerca de 5%.
    • Sociedade Comercial del Plata: -4,5%.
    • Transportadora de Gas del Norte: -4,5%.

Essas quedas nos papéis das empresas mencionadas foram apenas as primeiras observações. Durante as primeiras negociações, algumas ações chegaram a recuar até 10%.

Consequências Financeiras e Impacto no Governo

Ignacio Morales, CIO da Wise Capital, comentou que o governo de Milei enfrenta agora sua maior crise reputacional, após o episódio envolvendo o $LIBRA. Ele explicou que a perda financeira de muitos investidores ocorreu após a retirada de liquidez do projeto, o que fez a moeda desvalorizar rapidamente.

  • Investidores afetados: Estima-se que nove investidores tiveram ganhos de quase US$ 100 milhões em poucas horas.
  • Perdas para o público geral: Muitos investidores perderam seus recursos após a queda abrupta do valor do token.

Em resumo, o escândalo envolvendo a criptomoeda $LIBRA abalou o mercado financeiro argentino, afetando o índice S&P Merval e levando a sérias consequências políticas e econômicas para o governo de Milei. Por fim, o impacto nos investidores foi profundo, e o presidente pode enfrentar repercussões políticas significativas.

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Tudo Sobre CDB: Como Investir e Lucrar Mais

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Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre CDB

O Certificado de Depósito Bancário é uma das opções de investimento mais populares entre os brasileiros. Ideal para quem busca segurança e rentabilidade acima da poupança, o CDB é emitido pelos bancos como uma forma de captação de recursos. Neste artigo, você vai entender como funciona, suas vantagens, tipos e como escolher o melhor para o seu perfil.


O Que é e Como Funciona?

Em resumo é um título de renda fixa emitido por bancos para captar dinheiro dos investidores. Em troca, o banco paga juros sobre o valor investido. Funciona de forma semelhante a um empréstimo: você empresta seu dinheiro ao banco e recebe uma remuneração pelo período acordado.

Existem dois tipos principais:

  1. CDB Pré-fixado: A taxa de retorno é definida no momento da aplicação, ou seja, você sabe exatamente quanto vai receber no vencimento.
  2. CDB Pós-fixado: O rendimento está atrelado a um indicador, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). O retorno pode variar conforme o desempenho do indicador.

Vantagens de Investir em CDB

Investir nele pode trazer diversas vantagens isto é:

  • Segurança:  É protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores de até R$ 250 mil por CPF e por instituição.
  • Rentabilidade: Em muitos casos, oferece retornos superiores à poupança.
  • Flexibilidade: Existem CDBs de curto, médio e longo prazo, permitindo adequação ao seu planejamento financeiro.
  • Liquidez: Alguns CDBs oferecem liquidez diária, o que permite o resgate antes do vencimento.

Comparação de Tipos de CDB

Tipo de CDB Taxa de Retorno Liquidez Perfil Ideal
 Pré-fixado Fixa (ex: 10% ao ano) Baixa até o vencimento Quem deseja previsibilidade
 Pós-fixado CDI (ex: 100% do CDI) Variável Quem quer acompanhar o mercado
CDB com Liquidez Diária CDI (ex: 95% do CDI) Alta Quem precisa de flexibilidade

Tributação

Logo, o CDB é sujeito ao Imposto de Renda, que incide sobre os rendimentos, seguindo a tabela regressiva:

Prazo de Investimento Alíquota do IR
Até 180 dias 22,5%
De 181 a 360 dias 20%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%

Contudo quanto maior o tempo de investimento, menor será a alíquota do imposto.


Como Escolher o Melhor CDB

Entretanto, na hora de escolher um CDB, é importante avaliar:

  • Objetivos financeiros: Curto, médio ou longo prazo?
  • Liquidez: Precisa do dinheiro disponível rapidamente?
  • Rentabilidade: Compare a taxa oferecida com o CDI atual.
  • Instituição financeira: Prefira bancos confiáveis e com boa reputação.

Entretanto o CDB é uma excelente opção principalmente para quem busca segurança e rentabilidade, especialmente em comparação à poupança. Com diversas modalidades disponíveis, é possível encontrar a que melhor se adapta ao seu perfil e objetivos financeiros. Antes de investir, avalie as condições oferecidas e monte uma estratégia para maximizar seus rendimentos.

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