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Riscos no Crédito: Alerta do Banco Central

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Comitê de Estabilidade Financeira do Banco Central Alerta para Riscos no Crédito

banco central

O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central se reuniu nesta semana para avaliar o atual cenário econômico. Durante a reunião, os membros identificaram desafios significativos para a concessão de crédito, especialmente devido ao aumento dos juros, ao comprometimento da renda das famílias e ao alto nível de endividamento de pessoas físicas e empresas. Diante desse panorama, o comitê enfatizou a necessidade de cautela e diligência adicionais ao liberar novos financiamentos.

Deterioração das Condições de Crédito

Após dois dias de discussões, o Comef divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira, destacando que, apesar da estabilidade no crescimento do crédito no quarto trimestre de 2024, os dados mais recentes indicam um enfraquecimento das condições de oferta de crédito. Os principais pontos observados foram:

  • Maior restrição na concessão de empréstimos por parte dos bancos.
  • Redução da tolerância ao risco, o que leva a critérios mais rígidos para novos financiamentos.
  • Impacto na demanda por crédito, com consumidores e empresas enfrentando dificuldades para obter recursos.

Esse cenário aponta para um comportamento mais conservador das instituições financeiras, o que pode desacelerar ainda mais a economia.

Mercado de Capitais Resiste às Mudanças

Enquanto o crédito bancário se torna mais restrito, o financiamento via mercado de capitais segue uma trajetória diferente. O Comef observou que, mesmo diante das alterações nas condições financeiras, não há sinais de inflexão nesse segmento. Ou seja, investidores continuam acessando recursos por meio de títulos e outros instrumentos financeiros.

Recomendações para os Bancos

Diante das incertezas econômicas, o Comef recomendou que os bancos continuem adotando uma postura prudente. As principais orientações incluem:

  1. Manter os níveis de capital e liquidez acima do mínimo exigido para garantir segurança financeira.
  2. Avaliar com rigor a capacidade de pagamento dos tomadores de crédito antes da concessão de novos empréstimos.
  3. Monitorar os impactos do endividamento das famílias e empresas no desempenho do sistema financeiro.
  4. Adaptar estratégias de crédito conforme a evolução do cenário econômico.

A continuidade dessas práticas será essencial para preservar a estabilidade financeira e evitar riscos sistêmicos que possam comprometer o setor bancário.

Perspectivas para o Futuro

Por fim, com a atual conjuntura econômica, a tendência é que a concessão de crédito continue restrita nos próximos meses. A evolução do cenário dependerá de fatores como:

  • Possíveis ajustes na taxa de juros pelo Banco Central.
  • Melhoras na renda das famílias e na capacidade de pagamento das empresas.
  • Mudanças no apetite ao risco por parte dos bancos.

Dessa forma, tanto instituições financeiras quanto consumidores precisarão se adaptar às novas condições do mercado para enfrentar os desafios à frente.

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Como as bolsas asiáticas estão influenciando o mercado global

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Como as bolsas asiáticas estão influenciando o mercado global

 

Crescimento exponencial do capital asiático

Primeiramente, mercados asiáticos expandem participação global rapidamente. Consequentemente, capitalização bursátil asiática representa 35% mundial atualmente. Além disso, volumes negociados superam expectativas analíticas sistematicamente.

Simultaneamente, China lidera essa transformação regional. Portanto, Xangai e Shenzhen competem com Nova York diretamente. Ademais, inclusão em índices globais acelera fluxos internacionais.

Bolsas asiáticas: Inovação tecnológica como diferencial

Posteriormente, empresas asiáticas dominam setores tecnológicos estratégicos. Entretanto, semicondutores, 5G e inteligência artificial concentram-se regionalmente. Logo, dependência global aumenta substancialmente.

Por exemplo, lideranças asiáticas incluem principalmente:

  1. Taiwan dominando produção de semicondutores avançados
  2. Coreia do Sul liderando memórias e displays
  3. China controlando terras raras e baterias
  4. Japão mantendo supremacia em robótica industrial

Integração financeira crescente

Igualmente, sistemas financeiros asiáticos integram-se globalmente. Assim sendo, horários de funcionamento criam influência sequencial. Simultaneamente, decisões asiáticas repercutem em Londres e Nova York.

Ademais, moedas asiáticas ganham relevância internacional. Consequentemente, yuan chinês desafia hegemonia do dólar. Posteriormente, acordos bilaterais reduzem dependência americana.

Fluxos de investimento redirecionados

Finalmente, investidores globais realocam capital para Ásia. Portanto, fundos emergentes asiáticos captam trilhões anualmente. Entretanto, volatilidade política gera incertezas periódicas.

Dessa forma, tendências de investimento englobam especificamente:

  1. ESG asiático atraindo capital sustentável internacional
  2. Startups tecnológicas recebendo venture capital recorde
  3. Infraestrutura verde financiada por bonds verdes
  4. Mercados de carbono asiáticos expandindo rapidamente

Adicionalmente, demografias favoráveis impulsionam consumo interno. Logo, classe média asiática representa mercado consumidor trilionário. Consequentemente, empresas multinacionais priorizam expansão regional.

Simultaneamente, riscos geopolíticos influenciam decisões investidoras. Portanto, tensões comerciais criam volatilidade episódica. Entretanto, fundamentais econômicos sustentam crescimento consistente.

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Gilts de 30 Anos: Reino Unido Atinge Maior Patamar desde 1997

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Gilts de 30 Anos: Reino Unido Atinge Maior Patamar desde 1997

Gilts de 30 anos do Reino Unido alcançam 5,73%, maior nível desde 1997. Movimento reflete pressões econômicas significativas.

O mercado de títulos públicos britânicos experimenta um momento histórico de tensão. Consequentemente, investidores ao redor do mundo observam atentamente os desenvolvimentos na economia do Reino Unido. Dessa forma, os gilts de longo prazo sinalizam preocupações profundas sobre sustentabilidade fiscal e perspectivas econômicas futuras.

Contexto Histórico da Alta dos Rendimentos

Primeiramente, a marca de 5,73% nos gilts de 30 anos representa um marco não visto em mais de duas décadas. Assim sendo, mercados financeiros demonstram nervosismo crescente com políticas governamentais recentes. Além disso, comparações com períodos anteriores de crise revelam semelhanças preocupantes.

Simultaneamente, investidores institucionais reavaliam exposições a títulos públicos britânicos de longo prazo. Por outro lado, fundos de pensão enfrentam desafios significativos devido à volatilidade extrema. Portanto, gestores de risco implementam estratégias defensivas para proteger carteiras.

Ademais, bancos centrais globais monitoram desenvolvimentos no Reino Unido com atenção redobrada. Consequentemente, possível contágio para outras economias desenvolvidas preocupa formuladores de política monetária. Entretanto, fundamentos econômicos britânicos apresentam características específicas que limitam comparações diretas.

Impactos na Economia Doméstica

Por sua vez, alta dos rendimentos dos gilts afeta diretamente custos de financiamento governamental. Dessa maneira, orçamento público enfrenta pressões adicionais através de maiores despesas com juros da dívida. Enquanto isso, setor privado também experimenta encarecimento do crédito de longo prazo.

Posteriormente, mercado imobiliário britânico sente efeitos imediatos através de hipotecas mais caras. Assim, famílias enfrentam custos crescentes para financiamento habitacional. Adicionalmente, empresas postergam projetos de expansão devido ao ambiente de juros elevados.

Reações dos Mercados Financeiros

Os mercados demonstram preocupações múltiplas em relação aos desenvolvimentos econômicos britânicos. Primeiramente, libra esterlina enfrenta pressões desvalorizadoras contra principais moedas globais. Além disso, índices acionários londrinos apresentam volatilidade aumentada.

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O avanço dos CRAs e CRIs diante da nova tributação

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O avanço dos CRAs e CRIs diante da nova tributação

O mercado de renda fixa tem vivido uma verdadeira movimentação no segundo semestre de 2025. De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o estoque de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) atingiu o volume de R$ 160,04 bilhões. Esse número, além de representar um crescimento de 10% em 12 meses, confirma a corrida de investidores em busca dos papéis ainda isentos de imposto.

O que motivou o aumento dos CRAs

Esse movimento ocorre principalmente por causa da Medida Provisória (MP) 1.303/25, editada em junho pelo governo federal. A proposta prevê que, a partir de 2026, os CRAs passarão a ter tributação de 5%. Entretanto, os títulos emitidos até o final de 2025 permanecerão isentos. Portanto, é natural que investidores antecipem aplicações para garantir o benefício fiscal.

E os CRIs?

Paralelamente, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) também apresentam crescimento relevante. Entre dezembro de 2024 e junho de 2025, houve aumento de 7,6%, alcançando a marca de R$ 240 bilhões. Isso se deve ao mesmo cenário: a iminente perda da isenção de Imposto de Renda.

O que são CRAs e CRIs

Ambos são títulos de renda fixa emitidos por securitizadoras. Além disso, possuem como característica principal o lastro em recebíveis de setores específicos:

  • CRAs: relacionados ao agronegócio;

  • CRIs: vinculados ao mercado imobiliário.

Ou seja, funcionam como instrumentos que permitem captar recursos para financiar esses segmentos da economia.

Comparação entre CRAs e CRIs

A tabela abaixo mostra de forma resumida as principais diferenças e semelhanças entre os dois títulos:

Característica CRAs (Agronegócio) CRIs (Imobiliário)
Setor de origem Agronegócio Mercado imobiliário
Emitido por Companhias securitizadoras Companhias securitizadoras
Isenção de IR Até 2025 Até 2025
Destino dos recursos Produtores rurais, empresas do agro Incorporadoras, construtoras, imóveis
Rentabilidade média Atrelada a CDI, IPCA ou prefixada Atrelada a CDI, IPCA ou prefixada
Risco principal Crédito e mercado Crédito e mercado
Liquidez Média/baixa Média/baixa

Vantagens e riscos

Assim como qualquer investimento, existem pontos positivos e negativos.

Vantagens

  • Isenção de Imposto de Renda (até 2025);

  • Rentabilidade atrativa frente a outros papéis;

  • Diversificação de portfólio.

Riscos

  • Risco de crédito do emissor;

  • Menor liquidez no mercado secundário;

  • Possibilidade de mudança na legislação tributária.

Portanto, tanto os CRAs quanto os CRIs têm se destacado no cenário econômico atual. Ainda que apresentem riscos, a busca pela isenção e a oportunidade de diversificação têm impulsionado os investidores. Assim, compreender seu funcionamento e comparar suas características é essencial para quem deseja tomar decisões conscientes e aproveitar o momento antes que a tributação entre em vigor em 2026.

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