Finanças
Investimentos em Infraestrutura Sofrem com Juros Altos

A notícia mais comentada hoje no universo dos investimentos gira em torno do impacto dos juros elevados no Brasil, especialmente sobre o setor de infraestrutura. Esse tema domina as discussões porque afeta diretamente o ritmo de crescimento econômico e a confiança de investidores nacionais e estrangeiros.
Por que os juros altos preocupam tanto?
Em primeiro lugar, a taxa básica de juros (Selic) está em patamares elevados, o que encarece o crédito e dificulta a aprovação de novos financiamentos para grandes projetos. Segundo Luciana Costa, diretora do BNDES, a expectativa é que os financiamentos para infraestrutura em 2025 não ultrapassem R$ 80 bilhões justamente por causa desse cenário desfavorável. Além disso, muitos projetos acabam sendo adiados, pois as empresas preferem aguardar condições melhores antes de investir em expansão ou novas obras.
Principais Setores Impactados
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Energia
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Saneamento
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Logística
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Rodovias
Apesar do cenário, a estabilidade regulatória do Brasil ainda atrai investidores internacionais. No entanto, a alta dos juros limita o volume de recursos disponíveis para financiar o crescimento desses setores estratégicos.
Como o BNDES Está Reagindo
O BNDES, ciente dos desafios, tem buscado alternativas para mitigar os efeitos dos juros altos. Por exemplo, o banco passou a adquirir debêntures de infraestrutura, que contam com incentivos fiscais, para dar mais segurança aos operadores e garantir que, caso os juros baixem, as condições dos financiamentos possam melhorar.
Medidas em Destaque
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Aquisição de debêntures incentivadas
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Ofertas em fases para maior flexibilidade
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Apoio a concessões com condições ajustáveis
Oportunidades e Desafios para o Investidor
Embora o momento exija cautela, surgem oportunidades interessantes em renda fixa, especialmente nos títulos atrelados à inflação e ao CDI. Com juros altos, esses papéis oferecem rentabilidade superior, ao mesmo tempo em que protegem o poder de compra do investidor.
Dicas para Investir em 2025
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Diversifique entre renda fixa e variável
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Acompanhe as tendências globais e locais
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Reavalie seu perfil de risco periodicamente
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Considere fundos de infraestrutura e debêntures incentivadas
Tabela: Comparativo de Alternativas de Investimento
Tipo de Investimento | Vantagem Principal | Risco Atual |
---|---|---|
Títulos pós-fixados (CDI/Selic) | Rentabilidade alta e segurança | Baixo |
Debêntures de infraestrutura | Incentivo fiscal, potencial alto | Médio |
Fundos imobiliários | Renda mensal, proteção inflacionária | Médio |
Ações de infraestrutura | Potencial de valorização | Alto |
Considerações Finais
Em resumo, o debate sobre os juros altos e seu impacto nos investimentos em infraestrutura domina o noticiário hoje. Enquanto o BNDES busca soluções para manter o setor aquecido, investidores atentos podem encontrar boas oportunidades, desde que diversifiquem e acompanhem de perto o cenário econômico. Afinal, adaptar-se rapidamente às mudanças é essencial para aproveitar o melhor momento do mercado.
Bolsa de Valores
Gilts de 30 Anos: Reino Unido Atinge Maior Patamar desde 1997

Gilts de 30 anos do Reino Unido alcançam 5,73%, maior nível desde 1997. Movimento reflete pressões econômicas significativas.
O mercado de títulos públicos britânicos experimenta um momento histórico de tensão. Consequentemente, investidores ao redor do mundo observam atentamente os desenvolvimentos na economia do Reino Unido. Dessa forma, os gilts de longo prazo sinalizam preocupações profundas sobre sustentabilidade fiscal e perspectivas econômicas futuras.
Contexto Histórico da Alta dos Rendimentos
Primeiramente, a marca de 5,73% nos gilts de 30 anos representa um marco não visto em mais de duas décadas. Assim sendo, mercados financeiros demonstram nervosismo crescente com políticas governamentais recentes. Além disso, comparações com períodos anteriores de crise revelam semelhanças preocupantes.
Simultaneamente, investidores institucionais reavaliam exposições a títulos públicos britânicos de longo prazo. Por outro lado, fundos de pensão enfrentam desafios significativos devido à volatilidade extrema. Portanto, gestores de risco implementam estratégias defensivas para proteger carteiras.
Ademais, bancos centrais globais monitoram desenvolvimentos no Reino Unido com atenção redobrada. Consequentemente, possível contágio para outras economias desenvolvidas preocupa formuladores de política monetária. Entretanto, fundamentos econômicos britânicos apresentam características específicas que limitam comparações diretas.
Impactos na Economia Doméstica
Por sua vez, alta dos rendimentos dos gilts afeta diretamente custos de financiamento governamental. Dessa maneira, orçamento público enfrenta pressões adicionais através de maiores despesas com juros da dívida. Enquanto isso, setor privado também experimenta encarecimento do crédito de longo prazo.
Posteriormente, mercado imobiliário britânico sente efeitos imediatos através de hipotecas mais caras. Assim, famílias enfrentam custos crescentes para financiamento habitacional. Adicionalmente, empresas postergam projetos de expansão devido ao ambiente de juros elevados.
Reações dos Mercados Financeiros
Os mercados demonstram preocupações múltiplas em relação aos desenvolvimentos econômicos britânicos. Primeiramente, libra esterlina enfrenta pressões desvalorizadoras contra principais moedas globais. Além disso, índices acionários londrinos apresentam volatilidade aumentada.
Bolsa de Valores
O avanço dos CRAs e CRIs diante da nova tributação

O mercado de renda fixa tem vivido uma verdadeira movimentação no segundo semestre de 2025. De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o estoque de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) atingiu o volume de R$ 160,04 bilhões. Esse número, além de representar um crescimento de 10% em 12 meses, confirma a corrida de investidores em busca dos papéis ainda isentos de imposto.
O que motivou o aumento dos CRAs
Esse movimento ocorre principalmente por causa da Medida Provisória (MP) 1.303/25, editada em junho pelo governo federal. A proposta prevê que, a partir de 2026, os CRAs passarão a ter tributação de 5%. Entretanto, os títulos emitidos até o final de 2025 permanecerão isentos. Portanto, é natural que investidores antecipem aplicações para garantir o benefício fiscal.
E os CRIs?
Paralelamente, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) também apresentam crescimento relevante. Entre dezembro de 2024 e junho de 2025, houve aumento de 7,6%, alcançando a marca de R$ 240 bilhões. Isso se deve ao mesmo cenário: a iminente perda da isenção de Imposto de Renda.
O que são CRAs e CRIs
Ambos são títulos de renda fixa emitidos por securitizadoras. Além disso, possuem como característica principal o lastro em recebíveis de setores específicos:
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CRAs: relacionados ao agronegócio;
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CRIs: vinculados ao mercado imobiliário.
Ou seja, funcionam como instrumentos que permitem captar recursos para financiar esses segmentos da economia.
Comparação entre CRAs e CRIs
A tabela abaixo mostra de forma resumida as principais diferenças e semelhanças entre os dois títulos:
Característica | CRAs (Agronegócio) | CRIs (Imobiliário) |
---|---|---|
Setor de origem | Agronegócio | Mercado imobiliário |
Emitido por | Companhias securitizadoras | Companhias securitizadoras |
Isenção de IR | Até 2025 | Até 2025 |
Destino dos recursos | Produtores rurais, empresas do agro | Incorporadoras, construtoras, imóveis |
Rentabilidade média | Atrelada a CDI, IPCA ou prefixada | Atrelada a CDI, IPCA ou prefixada |
Risco principal | Crédito e mercado | Crédito e mercado |
Liquidez | Média/baixa | Média/baixa |
Vantagens e riscos
Assim como qualquer investimento, existem pontos positivos e negativos.
Vantagens
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Isenção de Imposto de Renda (até 2025);
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Rentabilidade atrativa frente a outros papéis;
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Diversificação de portfólio.
Riscos
-
Risco de crédito do emissor;
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Menor liquidez no mercado secundário;
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Possibilidade de mudança na legislação tributária.
Portanto, tanto os CRAs quanto os CRIs têm se destacado no cenário econômico atual. Ainda que apresentem riscos, a busca pela isenção e a oportunidade de diversificação têm impulsionado os investidores. Assim, compreender seu funcionamento e comparar suas características é essencial para quem deseja tomar decisões conscientes e aproveitar o momento antes que a tributação entre em vigor em 2026.
Finanças
Mercado de investimentos: ajustes, oportunidades e desafios

Cenário macroeconômico e projeções fiscais
Nas últimas semanas, o mundo dos investimentos foi marcado por mudanças relevantes tanto no cenário internacional quanto no ambiente doméstico. Inicialmente, o relatório Prisma Fiscal, divulgado nesta sexta-feira, revelou que economistas reduziram as projeções para a dívida pública bruta brasileira para 2025 e 2026. Por outro lado, as estimativas para o resultado primário pioraram, indicando aumento das despesas do governo central. Assim, a expectativa é de déficit primário de R$ 74,7 bilhões em 2025 e R$ 81,4 bilhões em 2026, valores que se distanciam das metas oficiais de equilíbrio fiscal. Portanto, o mercado segue atento à sustentabilidade das contas públicas, especialmente diante do aumento de gastos e das recentes mudanças no IOF, que provocaram impasse político e reação negativa entre investidores e parlamentares.
Movimentações nas bolsas e tendências globais
Enquanto isso, o mês de maio trouxe certo alívio aos mercados globais. Graças à trégua temporária na guerra comercial entre Estados Unidos e China, além da manutenção dos juros pelo Federal Reserve, as bolsas americanas fecharam o mês em alta. Consequentemente, a Nasdaq subiu cerca de 10% e, paralelamente, o Ibovespa atingiu sua máxima histórica nominal, acumulando valorização de 23% em dólares no ano. Embora o dólar global tenha recuado, o real perdeu força, fechando maio a R$ 5,73. Diante desse cenário, muitos especialistas recomendam diversificar a carteira, aproveitando oportunidades tanto no mercado internacional quanto em ativos brasileiros.
Ações recomendadas e fluxo estrangeiro
Ao mesmo tempo, as recomendações para junho destacam o Itaú Unibanco como a ação mais sugerida por bancos e casas de análise. Petrobras e Eletrobras também aparecem entre os destaques, refletindo o interesse dos investidores estrangeiros, que já aportaram R$ 21 bilhões no Brasil em 2025. Dessa forma, a combinação de moeda desvalorizada e preços atrativos impulsiona o fluxo internacional para a bolsa brasileira. Além disso, a perspectiva de queda da Selic em 2026 e lucros corporativos resilientes criam um ambiente favorável para a renda variável.
Mudanças tributárias e impactos na renda fixa
Por outro lado, o governo anunciou novas regras para tributação de investimentos, incluindo a cobrança de imposto de renda sobre fundos imobiliários (FIIs) e Fiagros a partir de 2026, além de alterações no IOF. Como resultado, investidores em renda fixa e produtos isentos, como LCIs e LCAs, podem ser os mais prejudicados, já que perderão parte da vantagem tributária. Portanto, muitos gestores avaliam migrar para estratégias mais eficientes, buscando maior rentabilidade líquida.
cautela e diversificação como estratégias
Em resumo, o ambiente de investimentos em junho exige atenção redobrada. Apesar do otimismo com a bolsa e o fluxo estrangeiro, as incertezas fiscais e as mudanças regulatórias pedem cautela. Assim, diversificar entre renda variável, ativos no exterior e produtos de diferentes classes pode ser o caminho mais seguro para atravessar este momento de transição no mercado financeiro
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