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Morgan Stanley Ajusta Carteira na América Latina

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Revisão da Alocação do Morgan Stanley para a América Latina: Uma Análise Detalhada

O Morgan Stanley, um dos principais bancos de investimento globais, revisou recentemente sua alocação para a América Latina. Essa revisão manteve uma abordagem seletiva, priorizando investimentos em setores estratégicos como digitalização, energia, agricultura e relocalização de produção (nearshoring). A seguir, exploraremos os principais ajustes na carteira, as razões por trás dessas mudanças e os impactos esperados.

Abordagem Seletiva e Priorização de Setores

Em primeiro lugar, o banco manteve uma posição reduzida em ações brasileiras em relação ao Índice Morgan Stanley Capital International para a América Latina (MSCI LatAm). Esse índice serve como referência para investidores que buscam exposição ao mercado latino-americano. No entanto, o banco aumentou ligeiramente a exposição na carteira, especialmente no setor financeiro, devido às mudanças na política econômica e às novas dinâmicas globais. Apesar disso, a visão geral permanece underweight, ou seja, com exposição abaixo da média.

Cenário Econômico do Brasil

Além disso, o banco considera os efeitos das taxas de juros elevadas no Brasil, que podem permanecer em patamares altos por mais tempo. Os analistas avaliam que os setores domésticos estão em uma fase avançada do ciclo econômico, e a falta de avanços em políticas internas mantém um ambiente de incerteza. Contudo, houve ajustes na carteira, com maior exposição a ativos ligados ao comércio de tecnologia e serviços financeiros.

México: Elevação para Exposição Neutra

Por outro lado, o México teve sua classificação elevada para exposição neutra (equalweight) após a desvalorização do dólar, o que trouxe uma relação mais equilibrada entre risco e retorno. O banco acredita que o país pode se beneficiar no longo prazo das disputas comerciais entre Estados Unidos e China, apesar das reformas domésticas pouco convencionais.

Argentina, Chile e Colômbia: Exposição Acima da Média

Argentina, Chile e Colômbia seguem com exposição acima da média (overweight), sustentada pela expectativa de mudanças políticas. No Chile e na Colômbia, as eleições de 2026 podem trazer alterações na condução econômica, uma vez que os governantes atuais enfrentam baixos índices de aprovação. Já o Peru continua com alocação reduzida (underweight), enquanto o banco aguarda sinais mais claros sobre os estímulos econômicos da China.

Ajustes na Carteira

Após o forte desempenho do mercado argentino em 2024, o banco decidiu realizar lucros e remover as ações da Edenor (EDN) e da Globant (GLOB). Ao mesmo tempo, aumentou sua participação no setor financeiro brasileiro, adicionando Banco do Brasil (BBAS3) e XP Inc. (BDR: XPBR31) ao portfólio.

Detalhes das Adições e Remoções

  • Banco do Brasil (BBAS3): Incluído devido ao alto retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito e pelas margens financeiras líquidas elevadas.
  • XP Inc.: Incorporada com o objetivo de ampliar a exposição ao setor financeiro.
  • Orbia (ORBIA): Empresa com ativos estratégicos nos Estados Unidos e potencial de valorização de aproximadamente 140% em relação ao preço-alvo projetado.
  • Totvs (TOTS3): Retirada após um desempenho expressivo no acumulado do ano.

Avaliações e Projeções

  • Banco do Brasil: Avaliado com uma taxa de desconto de 14,9% e um ROE de longo prazo de 17%. Fatores positivos incluem possíveis reformas estruturais e crescimento da carteira de crédito.
  • Orbia: Avaliada com um custo médio ponderado de capital (WACC) de 10%, com preço-alvo ajustado para M$ 35 por ação. Benefícios potenciais incluem novos contratos no setor de fluoropolímeros.
  • XP Inc.: Crescimento da base de clientes e expansão no segmento bancário são fatores favoráveis, enquanto concorrência mais intensa e volatilidade econômica representam desafios.

Em resumo, o Morgan Stanley mantém uma abordagem seletiva e estratégica em sua alocação para a América Latina, ajustando sua carteira conforme as mudanças políticas e econômicas na região. A seguir, apresentamos uma tabela resumindo a exposição na carteira do Morgan Stanley em comparação com o MSCI LatAm.

País Exposição na Carteira do Morgan (%) Exposição no MSCI LatAm (%)
Prologis Property 3.5 0.0
JBS 3.4 0.8
Buenaventura 3.4 0.0
Mercadolibre 3.4 0.0
Petrobras 3.4 1.4
Banco do Brasil 3.4 1.4
Nubank 3.4 1.4
Adecoagro 2.6 0.7
Rumo 2.6 0.0
Bancolombia 2.8 1.3
Embraer 2.5 0.0
Vista Oil & Gas 2.4 0.0
Parque Arauco 2.4 0.0
XP Inc 2.4 0.0
Alfa 2.4 0.0
Santander Chile 2.2 0.6
Petro Rio 2.1 0.0
Femsa 2.0 0.0
Alpek 2.0 0.0
Iguatemi 2.0 0.0
Cencosud 1.9 0.0
Wal-Mart 1.8 0.0
Eletrobras 1.7 1.6
Gerdau 1.7 0.0
Sabesp 1.7 0.0
Cem. de Chihuahua 1.6 0.0
Cemex 1.5 0.0
Orbia 1.4 0.0
Bradesco 1.3 0.0
Itaú Unib. 1.3 0.0
Grupo México 1.2 0.0
America Movil 1.1 0.0
Banorte 1.0 0.0
Vale 4.7 5.7

Por fim, essa tabela ilustra claramente as diferenças na alocação de ativos entre a carteira do Morgan Stanley e o índice MSCI LatAm, destacando a estratégia seletiva do banco.

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Gilts de 30 Anos: Reino Unido Atinge Maior Patamar desde 1997

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Gilts de 30 Anos: Reino Unido Atinge Maior Patamar desde 1997

Gilts de 30 anos do Reino Unido alcançam 5,73%, maior nível desde 1997. Movimento reflete pressões econômicas significativas.

O mercado de títulos públicos britânicos experimenta um momento histórico de tensão. Consequentemente, investidores ao redor do mundo observam atentamente os desenvolvimentos na economia do Reino Unido. Dessa forma, os gilts de longo prazo sinalizam preocupações profundas sobre sustentabilidade fiscal e perspectivas econômicas futuras.

Contexto Histórico da Alta dos Rendimentos

Primeiramente, a marca de 5,73% nos gilts de 30 anos representa um marco não visto em mais de duas décadas. Assim sendo, mercados financeiros demonstram nervosismo crescente com políticas governamentais recentes. Além disso, comparações com períodos anteriores de crise revelam semelhanças preocupantes.

Simultaneamente, investidores institucionais reavaliam exposições a títulos públicos britânicos de longo prazo. Por outro lado, fundos de pensão enfrentam desafios significativos devido à volatilidade extrema. Portanto, gestores de risco implementam estratégias defensivas para proteger carteiras.

Ademais, bancos centrais globais monitoram desenvolvimentos no Reino Unido com atenção redobrada. Consequentemente, possível contágio para outras economias desenvolvidas preocupa formuladores de política monetária. Entretanto, fundamentos econômicos britânicos apresentam características específicas que limitam comparações diretas.

Impactos na Economia Doméstica

Por sua vez, alta dos rendimentos dos gilts afeta diretamente custos de financiamento governamental. Dessa maneira, orçamento público enfrenta pressões adicionais através de maiores despesas com juros da dívida. Enquanto isso, setor privado também experimenta encarecimento do crédito de longo prazo.

Posteriormente, mercado imobiliário britânico sente efeitos imediatos através de hipotecas mais caras. Assim, famílias enfrentam custos crescentes para financiamento habitacional. Adicionalmente, empresas postergam projetos de expansão devido ao ambiente de juros elevados.

Reações dos Mercados Financeiros

Os mercados demonstram preocupações múltiplas em relação aos desenvolvimentos econômicos britânicos. Primeiramente, libra esterlina enfrenta pressões desvalorizadoras contra principais moedas globais. Além disso, índices acionários londrinos apresentam volatilidade aumentada.

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O avanço dos CRAs e CRIs diante da nova tributação

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O avanço dos CRAs e CRIs diante da nova tributação

O mercado de renda fixa tem vivido uma verdadeira movimentação no segundo semestre de 2025. De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o estoque de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) atingiu o volume de R$ 160,04 bilhões. Esse número, além de representar um crescimento de 10% em 12 meses, confirma a corrida de investidores em busca dos papéis ainda isentos de imposto.

O que motivou o aumento dos CRAs

Esse movimento ocorre principalmente por causa da Medida Provisória (MP) 1.303/25, editada em junho pelo governo federal. A proposta prevê que, a partir de 2026, os CRAs passarão a ter tributação de 5%. Entretanto, os títulos emitidos até o final de 2025 permanecerão isentos. Portanto, é natural que investidores antecipem aplicações para garantir o benefício fiscal.

E os CRIs?

Paralelamente, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) também apresentam crescimento relevante. Entre dezembro de 2024 e junho de 2025, houve aumento de 7,6%, alcançando a marca de R$ 240 bilhões. Isso se deve ao mesmo cenário: a iminente perda da isenção de Imposto de Renda.

O que são CRAs e CRIs

Ambos são títulos de renda fixa emitidos por securitizadoras. Além disso, possuem como característica principal o lastro em recebíveis de setores específicos:

  • CRAs: relacionados ao agronegócio;

  • CRIs: vinculados ao mercado imobiliário.

Ou seja, funcionam como instrumentos que permitem captar recursos para financiar esses segmentos da economia.

Comparação entre CRAs e CRIs

A tabela abaixo mostra de forma resumida as principais diferenças e semelhanças entre os dois títulos:

Característica CRAs (Agronegócio) CRIs (Imobiliário)
Setor de origem Agronegócio Mercado imobiliário
Emitido por Companhias securitizadoras Companhias securitizadoras
Isenção de IR Até 2025 Até 2025
Destino dos recursos Produtores rurais, empresas do agro Incorporadoras, construtoras, imóveis
Rentabilidade média Atrelada a CDI, IPCA ou prefixada Atrelada a CDI, IPCA ou prefixada
Risco principal Crédito e mercado Crédito e mercado
Liquidez Média/baixa Média/baixa

Vantagens e riscos

Assim como qualquer investimento, existem pontos positivos e negativos.

Vantagens

  • Isenção de Imposto de Renda (até 2025);

  • Rentabilidade atrativa frente a outros papéis;

  • Diversificação de portfólio.

Riscos

  • Risco de crédito do emissor;

  • Menor liquidez no mercado secundário;

  • Possibilidade de mudança na legislação tributária.

Portanto, tanto os CRAs quanto os CRIs têm se destacado no cenário econômico atual. Ainda que apresentem riscos, a busca pela isenção e a oportunidade de diversificação têm impulsionado os investidores. Assim, compreender seu funcionamento e comparar suas características é essencial para quem deseja tomar decisões conscientes e aproveitar o momento antes que a tributação entre em vigor em 2026.

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O Rally das Bolsas em 2025: Chegou a Hora de Investir?

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Rally

Rally das bolsas: Primeiramente, O mundo dos investimentos está super agitado, ? Nos últimos dias, o que todo investidor está falando é, sem dúvida, sobre a disparada das bolsas lá nos EUA. Isso tudo por causa de algumas coisas que aconteceram no mundo e também pelas expectativas sobre o que o Banco Central americano (o Federal Reserve) vai fazer com os juros. Então, entender o porquê desse otimismo e, ao mesmo tempo, como a gente pode aproveitar essas oportunidades que estão aparecendo se tornou essencial pra quem quer fazer o dinheiro render nesse cenário tão dinâmico.

Por Que o Mercado Está Animado com o Rally das Bolsas?

Primeiro de tudo, uma ótima notícia: o anúncio de um cessar-fogo entre Irã e Israel deu um baita alívio para os mercados no mundo todo. Como resultado, o preço do petróleo caiu pelo segundo dia seguido, o que é ótimo porque diminui a pressão sobre a inflação. Além disso, todo mundo está de olho nos discursos do chefão do Federal Reserve, Jerome Powell, querendo ver se ele dá alguma dica sobre quando os juros vão começar a baixar por lá. Por isso, essa combinação de paz no Oriente Médio e, ao mesmo tempo, a esperança de juros mais baixos fez as ações voarem, principalmente nos setores de tecnologia, finanças e saúde.

Como os Índices Estão Se Saindo?

Pra você ter uma ideia de como o mercado está bombando, dá uma olhada na tabela com os principais índices e setores que se destacaram:

Índice/Setor Variação (%) Destaque
Dow Jones +1,2 Bancos e seguradoras em alta
S&P 500 +1,1 Empresas de tecnologia e saúde
Nasdaq +1,4 As famosas techs voando
Energia -1,3 Petróleo em queda impactou aqui
Finanças +1,5 Bancos e seguradoras
Saúde +1,2 Farmacêuticas e hospitais

Ah, e tem mais: a maior parte dos setores do S&P 500 (nove de onze!) fechou no azul, mostrando que o otimismo está realmente por todo lado!

Oportunidades e Onde Pisar com Cuidado

Contudo, fica a dica: apesar do cenário estar bem positivo, os especialistas recomendam muita calma nessa hora. Por exemplo, a gente deve ver o mercado balançar bastante ainda, já que algumas incertezas sobre impostos, inflação e os resultados das empresas ainda podem influenciar bastante nossas decisões. Por isso, espalhar seus investimentos em diferentes áreas e procurar empresas sólidas são estratégias fundamentais pra passar por esses momentos de instabilidade sem muito perrengue.

E tem outro ponto importante: o mercado de bonds (que são títulos de dívida, tipo um empréstimo que você faz para o governo ou empresas) também merece nossa atenção especial. Afinal de contas, o aumento da dívida do governo americano e a chance de eles emitirem mais títulos podem mexer tanto com o mercado de ações quanto com o câmbio nos próximos meses. Então, ficar de olho no cenário econômico macro sempre e ajustar sua carteira de tempos em tempos é super importante.

O Que Esperar para os Próximos Meses?

Pensando no futuro, algumas coisas são bem claras:

  • Se os juros realmente baixarem, as ações de empresas que estão crescendo rapidamente (principalmente de tecnologia) podem se dar muito bem.
  • Commodities como o ouro tendem a subir quando o cenário está mais incerto e volátil.
  • O dólar pode enfraquecer, o que abre boas oportunidades em mercados que estão começando a crescer (emergentes) e na Europa.
  • A gente precisa ficar ligado na dívida do governo americano e como isso pode afetar o mercado de bonds.

Não Perca o Bonde: Aja Agora!

Então, é isso: agora é, de verdade, a hora de se mexer! Dê uma olhada na sua carteira com carinho, veja as novas oportunidades que surgem com atenção e se mantenha sempre por dentro das últimas notícias do mercado. Compartilhe este artigo com seus amigos investidores, troquem ideias valiosas e fortaleçam suas estratégias juntos. Afinal, num mundo cheio de mudanças e novidades, quem se antecipa sai na frente, sempre!

Por fim, Com tanta coisa acontecendo, saber aproveitar as transições do mercado pode ser o segredo para conseguir resultados ainda melhores em 2025.

Não perca tempo: invista com inteligência e esteja pronto para o próximo Rally do mercado!

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